Jogar com ousadia e alegria. Esse
sempre foi o lema dos grandes times vencedores do Santos Futebol Clube. Sob a
batuta do técnico Jorge Sampaoli o time é ousado até demais, mas a alegria está
longe de ser vista.
Eliminação precoce na Copa Sul-americana
para um time de terceiro escalão no continente, no Pacaembu; eliminação na Copa
do Brasil jogando um futebol confuso e desorganizado, e novamente no Pacaembu;
eliminação nas semifinais do Paulistão diante de seu maior rival, jogando na
época um grande futebol no início de temporada e, mais uma vez no Pacaembu.
Não! Não estou jogando contra o
Pacaembu. Muito pelo contrário. O clube deve jogar e vencer seja na capital paulistana
ou na baixada santista. Contanto que o time vence. O problema é que mais uma
vez o time está titubeando em momentos derradeiros e isso infelizmente vem se
tornando recorrente.
Não me recordo, nem nos tempos
das vacas magras dos anos 90, do time ser batido e goleado com tanta frequência
numa só temporada. E o mais preocupante. Por times do interior paulista, no
derradeiro e fatídico Campeonato Paulista e como ontem, na Vila Belmiro, onde
os jogadores fazem questão de salientar que lá “o bicho vai pegar”.
Sampaoli passa a ter seu trabalho questionado pela torcida santista
O discurso de reformulação já
passou. O time tem suas limitações, mas o elenco é um dos mais caros do país e
tem entregue muito pouco dentro de campo. Muito pela falta de organização e equilíbrio
da equipe e principalmente pela insistência exacerbada de seu treinador de
alterar a equipe em todos os jogos e assim, não ter um conjunto entrosado.
Sim! Quem joga são jogadores e cá
entre nós, são muito bem remunerados para tal e a devolutiva dentro das quatros
linhas tem deixado o torcedor santista para lá de preocupado. Não se vê nada de
diferente. Muito pelo contrário. Aquilo que se vê é muitas vezes um amontoado
de jogadores numa correria desenfreada em busca do gol logo no início das partidas.
Caso não aconteça, é o sofrimento que acompanhamos nas últimas exibições.
O mais otimista torcedor se
empolgou, e me coloco junto nesse balaio, com as sete vitórias consecutivas e a
liderança do Brasileirão por algumas poucas rodadas, mas a verdade é que a
realidade é dura e dolorida como um soco no queixo de nos fazer balançar e
quase cair. Nos escoramos nas cordas e partimos para o próximo round, pois o
campeonato do Santos, mesmo que alguns ainda sonhem com o título é para
garantir uma vaguinha na Libertadores de 2020. Doa a quem doer!