domingo, 22 de setembro de 2019

Realidade nua e crua


Jogar com ousadia e alegria. Esse sempre foi o lema dos grandes times vencedores do Santos Futebol Clube. Sob a batuta do técnico Jorge Sampaoli o time é ousado até demais, mas a alegria está longe de ser vista.

Eliminação precoce na Copa Sul-americana para um time de terceiro escalão no continente, no Pacaembu; eliminação na Copa do Brasil jogando um futebol confuso e desorganizado, e novamente no Pacaembu; eliminação nas semifinais do Paulistão diante de seu maior rival, jogando na época um grande futebol no início de temporada e, mais uma vez no Pacaembu.

Não! Não estou jogando contra o Pacaembu. Muito pelo contrário. O clube deve jogar e vencer seja na capital paulistana ou na baixada santista. Contanto que o time vence. O problema é que mais uma vez o time está titubeando em momentos derradeiros e isso infelizmente vem se tornando recorrente.  

Não me recordo, nem nos tempos das vacas magras dos anos 90, do time ser batido e goleado com tanta frequência numa só temporada. E o mais preocupante. Por times do interior paulista, no derradeiro e fatídico Campeonato Paulista e como ontem, na Vila Belmiro, onde os jogadores fazem questão de salientar que lá “o bicho vai pegar”.

Sampaoli passa a ter seu trabalho questionado pela torcida santista 


O discurso de reformulação já passou. O time tem suas limitações, mas o elenco é um dos mais caros do país e tem entregue muito pouco dentro de campo. Muito pela falta de organização e equilíbrio da equipe e principalmente pela insistência exacerbada de seu treinador de alterar a equipe em todos os jogos e assim, não ter um conjunto entrosado. 

Sim! Quem joga são jogadores e cá entre nós, são muito bem remunerados para tal e a devolutiva dentro das quatros linhas tem deixado o torcedor santista para lá de preocupado. Não se vê nada de diferente. Muito pelo contrário. Aquilo que se vê é muitas vezes um amontoado de jogadores numa correria desenfreada em busca do gol logo no início das partidas. Caso não aconteça, é o sofrimento que acompanhamos nas últimas exibições.

O mais otimista torcedor se empolgou, e me coloco junto nesse balaio, com as sete vitórias consecutivas e a liderança do Brasileirão por algumas poucas rodadas, mas a verdade é que a realidade é dura e dolorida como um soco no queixo de nos fazer balançar e quase cair. Nos escoramos nas cordas e partimos para o próximo round, pois o campeonato do Santos, mesmo que alguns ainda sonhem com o título é para garantir uma vaguinha na Libertadores de 2020. Doa a quem doer!