sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Entrevista com o ex-jogador Robert

Nação Santista de todo Brasil e Mundo a fora, publico hoje com grande prazer, entrevista que fiz com o ex-jogador do Santos Futebol Clube, o meia Robert. Vice-Campeão Brasileiro em 1995, Campeão do Torneio Rio-SP de 1997 e Brasileiro em 2002 com Diego e Robinho, o ídolo fala sobre família, empresários e claro, muito futebol.

RODRIGO CAETANO - Você teve duas passagens pelo SFC. De 1995 a 1997 e de 2000 a 2002. Como foram ambas as passagens e quais os momentos mais marcantes de cada uma delas?

ROBERT - Na minha primeira passagem, o vice-campeonato de 1995 me marcou muito, mas fiquei muito mais feliz em ter conquistado o Rio - SP de 1997. Já na segunda, além de ser convocado pra seleção brasileira, foi ter conquistado o título brasileiro de 2002.

foto: sportv/globo.com
Equipe vice-campeão Brasileiro em 1995


RODRIGO CAETANO - Qual técnico tem mais admiração e qual mais gostou de trabalhar?

ROBERT - Tive a honra de trabalhar com muitos treinadores de muita qualidade. Heron Ricardo, Paquetá, Cabralzinho, Nelsinho Batista, Parreira, Luxemburgo, Celso Roth, Geninho, Emerson Leão. Foram todos importantes para a minha carreira.


RODRIGO CAETANO – Você é soteropolitano (Baiano de nascimento). Na sua carreira, chegou a atuar por algum clube Baiano? 

ROBERT - Além de ter nascido em Salvador-BA, em 2004 joguei sim pelo Bahia, a série B. Foi maravilhoso, só ficou faltando o acesso.


RODRIGO CAETANO - Qual sua pior derrota. O vice-campeonato Brasileiro de 1995 ou a fatídica derrota para o Corinthians na semifinal do Paulista de 2001?

ROBERT - Todas as derrotas são doloridas, mas é claro que você perder um título brasileiro, e nas circunstâncias que aconteceu, foi muito mais dolorido perder o brasileiro de 1995.

foto: arquivo/google
Equipe Campeão do Torneio Rio-SP de 1997



RODRIGO CAETANO - Você viveu grandes momentos, senão o melhor da sua carreira, entre os anos 2000 e 2002 e foi convocado algumas vezes para a Seleção Brasileira. Acha que merecia mais chances?

ROBERT - Sim, em 2001 estava vivendo um dos meus melhores momentos da carreira, e estava na expectativa de continuar na seleção e ir pra copa de 2002.


RODRIGO CAETANO - Como foi atuar e ser ao lado de Léo e Alberto os mais experientes da geração de 2002 com Diego e Robinho?

ROBERT - Foi maravilho fazer historia ao lado do Léo e do Alberto, foram importantíssimos para o nosso time.


RODRIGO CAETANO - O que lhe diverte mais. Jogar Showboll ou ver o Neymar em campo?

ROBERT - (risos) Ver o Neymar jogar é maravilhoso, mas jogar showbol também é muito bom.


RODRIGO CAETANO - Você é agente FIFA, certo? O empresário mais ajuda ou atrapalha no futebol?

ROBERT - Tem empresário que ajuda, mas também tem aqueles que priorizam ganhar dinheiro em primeiro lugar e em segundo plano, pensa no atleta, prejudicando bastante a vida do jogador.


RODRIGO CAETANO - Você já foi comentarista de futebol? Por que não prosseguiu com a profissão?

ROBERT - Sim, foi muito prazeroso viver essa experiência de comentar jogos, foi ano passado na Tribuna Fm, uma rádio aqui de Santos/SP. Infelizmente não pude continuar, pois estava sem tempo pra minha família, já que cuido também de 7 atletas.


RODRIGO CAETANO - O quanto a família é importante para você e descreva um pouco sobre o Robert Pai e Marido.

ROBERT - Família é à base do cidadão, e no meu caso, agradeço a Deus por ter me dado uma família maravilhosa. Sou pai de 1 filha de 19 anos, Julia e de dois filhos, um de 14 anos Patrick, e outro de 7 Calebe.


RODRIGO CAETANO - Seu filho ainda joga pelo SFC? Será um novo “Menino da Vila”?

ROBERT - Sim, o Patrick está há 2 anos aqui, e tem evoluído bastante, e acho que vai mais longe do que eu fui, pois recebe treinamento desde os doze anos, e eu fui receber treinamento só com 16 anos. Ele joga de atacante é canhoto e tem muita força e habilidade.

foto: superesportes.com.br
Robert com o filho Patrick


RODRIGO CAETANO - O que acha dessa nova geração de Meninos da Vila liderados por PH Ganso e Neymar?

ROBERT - Essa geração é excepcional. Se ficarem mais tempo no Santos, vão ganhar a maioria dos campeonatos que forem disputar.


RODRIGO CAETANO - Qual sua maior frustração no futebol (se é que houve)?

ROBERT - Frustração nenhuma, pois Deus me levou mais longe do que eu sonhava, quando iniciei nas divisões de base do Olaria, lá no Rio de Janeiro.


RODRIGO CAETANO - O SFC tem chances de ser TRI Mundial no Japão? E o que falar do atual momento do Barcelona?

ROBERT - Penso que o Santos tem totais condições de ser tri mundial, e para mim, o Barcelona é o melhor time do planeta nos últimos três anos.


RODRIGO CAETANO - Deixe um recado para o torcedor Santista.

ROBERT - Um grande abraço ao torcedor do Santos e a todos que gostavam do meu futebol.

Perguntas de leitores do Futblog Rodrigo Caetano

ANDRÉ CAMARGO (Piracicaba/SP) - Qual sua partida inesquecível?

ROBERT - Minha partida inesquecível foi a final do campeonato brasileiro de 2002.


ANDRÉ CAMARGO (Piracicaba/SP) - Qual jogador hoje, se assemelha ao seu futebol?

ROBERT - Acho o Özil o jogador que se assemelha mais com o jeito que eu jogava.

PAULÃO SANTISTA (São Paulo/SP) - Gostaria de saber, se ele lá, sentado no banco na final de 2002, imaginava que entraria no lugar do Diego e se tornaria em um dos destaques da partida?

ROBERT - Eu estava muito confiante que iria entrar na final e quando o Diego caiu machucado, eu dei um salto do banco e comecei a aquecer e o técnico Leão me colocou em campo. Foi maravilhoso poder ajudar a equipe a ganhar esse título inesquecível.


MARCELO UEZU (Santos/SP) - Onde você assistiu a semifinal do Brasileiro de 1995? Qual foi a sensação de não poder jogar e depois durante o jogo, qual a emoção de ver aquele jogo, quais são suas lembranças daquele time?

ROBERT – Assisti ao jogo contra o Fluminense das cadeiras do Pacaembu, ao lado do Jameli, já que infelizmente fomos expulsos no jogo do Maracanã. Sofri muito ao lado de fora, mas pude presenciar um dos maiores jogos que vi na minha vida. Muita emoção e união de todos que estavam presentes no estádio. Aquele jogo marcou toda aquela geração. Nosso time era muito unido e muito qualificado. Foi uma honra fazer parte daquele Santos de 95.

Relatos de Robert sobre o time de 1995 e a grande final.

A final de 1995 foi muito marcante. Corri muito para ajudar meus companheiros, e torci, vibrei e chorei no gol mal anulado do Camanducaia. Aquele grupo era maravilhoso e de muita qualidade técnica e vontade. Cada geração tem seu valor e sua qualidade, mas eu gostaria de ver uma mescla com Giovanni, Ganso, Robinho, Diego, Neymar e eu no time também (gargalhadas). Seria lindo!


"Nascer, Viver e no Santos Morrer é um Orgulho que nem Todos podem Ter"


4 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista Rodrigo, o Robert foi um grande atleta do Santos, fez muita falta ao sair, se tivesse ficado para a Libertadores 2003 teria ajudado muito.

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  2. Obrigado Marcelo. Realmente o Robert fez muita falta em 2003. É ídolo e a torcida gosta dele. Abraços.

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  3. Muito boa entrevista Rodrigão.

    Parabéns

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