Fonte: AE
O
Santos conta os dias para se livrar do gasto mensal de aproximadamente R$ 300
mil com um jogador que de ídolo da torcida na primeira década dos anos 2000
passou a ser um fardo pesado e adversário político - é amigo do ex-presidente
Marcelo Teixeira -, desde a posse da nova administração, em janeiro de 2010. É
Fábio Costa, herói da conquista do Campeonato Brasileiro de 2002, interrompendo
a fila de 18 anos por um título importante, e que há três anos e meio não
consegue se firmar em nenhum clube. Com o fim do contrato do goleiro, em 31 de
dezembro, o Santos poderá destinar o dinheiro ao pagamento do salário de um
reforço de bom nível para o próximo ano.
Na
próxima quarta-feira, Fábio Costa completará 36 anos de idade e como
profissional de futebol terá pouco a comemorar porque entrará em 2014
desempregado. O contrato de cinco anos com o Santos provavelmente será o último
de sua carreira em razão de o seu padrão salarial estar acima das
possibilidades de clubes médios e do futebol que ele apresentou nas passagens
por Atlético Mineiro e São Caetano.
Emprestado
ao São Caetano por um ano, Fábio Costa participou de apenas dois jogos e foi
proibido de treinar no clube em maio, após ser acusado de ter cometido injúria
racial contra o companheiro de clube, o lateral Samuel Santos. Mas o clube
ainda arca 10% do total dos seus vencimentos.
A
última informação é de que Fábio Costa mantém a forma em uma academia da Riviera
de São Lourenço, em Bertioga (SP), onde mora. De acordo com cálculos de
conselheiros, o Santos gastou mais de R$ 5 milhões com o goleiro, sem nenhum
tipo de retorno, nos últimos três anos. O seu último jogo com a camisa santista
foi na derrota por 3 a 1 contra o Red Bull New York, nos Estados Unidos, no dia
20 de março de 2010.
Fábio
Costa não é exceção. Há meses, o Santos tenta se livrar de inúmeros jogadores
que têm peso na folha do futebol, não são aproveitados pelo clube e não
encontraram interessados em contratá-los por empréstimo em razão dos altos
salários que recebem. São os casos até de jogadores formados no clube como
Wesley Santos, Giovane, Breitner e Anderson Carvalho. Eles estão fora do grupo,
treinam separadamente, não jogam nunca, mas recebem em dia. A decisão sobre o
futuro deles está com Zinho, gerente de futebol.
Outros
que vão deixar o clube em razão da contenção de gastos são jogadores que
tiveram bons serviços prestados e prestígio junto ao torcedor, como Léo e
Durval, e outros que chegaram há pouco tempo, jogaram pouco e não terão os
contratos renovados, como Marcos Assunção, Renato Abreu, Neto, Renê Júnior e
Éverton Costa.
Foto: ESPN
Fabio Costa foi de ídolo a esquecido pelo torcedor santista
NOTA DO BLOGUEIRO: Seu temperamento, fora e dentro de campo, foi decisivo para cair no esquecimento e no ostracismo. Ídolo santista no início da década, o arqueiro sempre armou suas confusões e era o 'queridinho' da gestão anterior, causando desconforto a ala liderada pelo presidente licenciado, Luís Álvaro. Tinha tudo para ser o grande ídolo santista pós era Pelé, juntamente com Léo e Robinho, mas seu jeito 'sincero' e 'autêntico' de ser, encurtou sua carreira no Santos e para o futebol. Uma pena!