Passada a adrenalina do jogo... Palmeiras campeão!
A Copa do Brasil é um torneio charmoso e gostoso de jogar por conta de
algumas peculiaridades, e a principal delas no meu modo de ver é que nem sempre
o melhor vence. Diferentemente do sistema de pontos corridas, ela proporciona
aos clubes a chance de ajustar e arrumar aquilo que não deu certo na primeira
partida, e o Palmeiras fez a lição de casa perfeitamente neste quesito.
Tido
como favorito e superior tecnicamente, o Santos titubeou justamente quando não
podia: nos dois jogos finais, e viu o Palmeiras colocar a "faca nos
dentes" e jogar o jogo da vida (alcunha dada pelos torcedores).
Principalmente nessa segunda partida, quando foi superior e aproveitou as
oportunidades que teve para fazer dois gols e assim, colocar as mãos na taça.
Sinceramente, o gol dos Santos foi um achado. Encontrado no famoso
abafa e no tal do "bumba meu boi", porém, ocasionado numa falha do
sistema defensivo Alviverde e, assim como no Paulistão, a decisão iria
novamente para as penalidades. Loteria? Não! Competência com certeza.
E o Palmeiras, competente que foi, tanto na marcação dos jogadores
santistas, como nas cobranças de penalidades, viu na destreza do destino que
Fernando Prass, o herói da primeira partida, fechasse o caixão santista e
decretasse o terceiro título da Copa do Brasil.
Justo? A justiça nem sempre faz parte do vocabulário do futebol. O título
foi da equipe que mais quis vencer. Que jogou e não deixou o adversário jogar.
Que mesmo sem um esquema tático definido por seu técnico, teve transpiração,
brio, garra e tesão de sobra pela vitória e, por isso, o caneco está em
merecidas mãos.
Ao torcedor santista (me incluo), que no início do ano não tinha perspectiva
de nada, afinal, um clube atolado em dívidas, debandada de jogadores, devendo
meses de salários e até o açougue e floricultura, o ano foi mais que positivo.
Claro, perder um título para um rival não é nada bom, mas fica a expectativa
que não existiu no ano anterior, que o próximo (abre o olho, diretoria!)
pode ser muito melhor.
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