segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Para sempre Meninos da Vila

Amigo torcedor alvinegro da baixada santista, o termo Meninos da Vila surgiu em 1978, quando o Peixe levantou o seu primeiro troféu após a aposentadoria do rei eterno do futebol mundial, Pelé. Pita, Juary, João Paulo e Nilton Batata foram às revelações daquela equipe, comandadas pelo técnico Chico Formiga e lideradas em campo pelo veterano Clodoaldo, que fez parte da geração de Pelé e foi campeão da Copa do Mundo de 1970.

A segunda geração dos Meninos teve, além de Diego e Robinho, o zagueiro Alex, o volante Paulo Almeida, como pratas da casa, o lateral esquerdo Leo, o volante Renato e o meia Elano, que chegaram ao clube alvinegro como apostas no fim de 2001 e início de 2002.  No último dia 15 de dezembro, o Peixe celebrou dez anos da conquista do Brasileiro de 2002, quando o país pentacampeão mundial conheceu a geração de Robinho & Diego. O experiente Emerson Leão era o técnico da garotada que venceu o Corinthians na final e encerrou um jejum de 18 anos sem título para a equipe da Baixada Santista.

A terceira geração é a atual e levou o Santos ao seu terceiro título de Libertadores, em 2011. Neymar é o grande craque e estrela desse time que fez história e teve em Paulo Henrique Ganso o parceiro ideal, hoje no São Paulo. O goleiro Rafael, o meia Wesley, hoje no Palmeiras, e o atacante André também saíram da base do Peixe.

Além da Libertadores, Neymar & Cia faturaram três Paulistas, a Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana. Além claro, de diversas premiações individuais.

As principais características dessas equipes foram a capacidade coletiva, associada a uma alegria e a um sucesso muito grande de todas elas. O relacionamento era fantástico e apareceram craques individuais em todas as gerações. “Era um grupo sem ciúmes", definiu o técnico Emerson Leão, em relação ao time de 2002. Ainda na opinião de Leão, as 'travessuras' em campo dos jovens santistas (na época Robinho tinha 18 anos, e Diego, 17) eram saudáveis.

"Não se pode confundir liberdade profissional com molecagem. Eles eram aprendizes de profissionais e, para terem sucesso na vida, precisavam passar por aquela etapa. Passaram com louvor e, por tudo o que fizeram pelo Santos, foram merecedores da recompensa mundial que tiveram", opina o ex-goleiro da seleção brasileira.

Em matéria recente publicada em várias mídias do país, a lista de jogadores reprovados, oriundos das divisões de base santista pelo atual técnico, Muricy Ramalho tem 17 atletas, entre eles o goleiro Felipe, o lateral direito Crystian, o volante Anderson Carvalho, o meia Pedro Castro e o atacante Dimba. Todos com passagem pela equipe profissional e segundo a opinião do colunista que vos escrevem, sem a devida chance necessária para se mostrar o mínimo de futebol para agradar a comissão técnica e principalmente o torcedor santista.

Em contrapartida, outros reforços contratados nesta temporada ocuparam o espaço dos jogadores formados no clube. Ewerton Páscoa, David Braz, Galhardo, Bruno Peres e Bernardo integram o elenco principal, mas nenhum deles conseguiu se firmar como titular.

A relação pode chegar a 20 jogadores caso sejam inclusos o zagueiro Diego Monar, o volante Elivelton e meia Geovane, que completaram 20 anos e não poderão permanecer na base em 2013.

Minha preocupação, e isso é fato histórico, é que Muricy não tem o hábito de trabalhar com talentos precoces e subir com facilidade garotos vindos da base, vide o que faz publicamente com os atletas Felipe Anderson e Victor Andrade, chamando a atenção dos meninos em entrevistas coletivas, causando um grande desconforto nos garotos, sendo que a base santista sempre foi nossa aliada e de lá surgiram nossos principais gênios da bola e deve ser tratada com muito carinho e respeito.


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