quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

10 de Dezembro de 1995

O dia 10 de Dezembro do ano de 1995 não sairá da memória do torcedor santista tão facilmente. E por vários motivos. Pacaembu lotado. Time precisando desesperadamente do resultado e conseguindo. Jogadores em campo durante o intervalo. Goleada e virada histórica. Mas o motivo maior foi um tal camisa 10. 

A mesma camisa que um dia foi de Pelé, parece ter sido feita a mão e sob medida para que Giovanni, o Messias, assim intitulado após a épica partida, pudesse abrilhantar ainda mais o espetáculo e presentar os quase 40 mil torcedores que lá estavam com seu futebol genial e de classe.

Com passadas largas e enganadoras, já que Giovanni era tido como lento para o já futebol vistoso e de velocidade da época, o meia compensava com muita elegância e leveza nos passes, aliada a sutileza e precisão nas finalizações, a tal lentidão que os críticos o julgava ter. Ledo engano...

Foto: Google


Me arrisco dizer após 19 anos, mas com muita certeza e sem medo de errar e de ser avacalhado e achincalhado por aqueles que assim não viram e não pensam, que aquela peleja jogada, foi a maior exibição de um atleta profissional que eu vi e que até hoje não voltei a ver. O peso e a responsabilidade da partida fizeram com que realmente eu tenha essa convicção, e afirmo que o coração alvinegro não me deixa levar pelo clubismo e muito menos pela paixão avassaladora que sinto, não só pelo futebol, mas pelo manto sagrado de Vila Belmiro.

Se não bastasse conquistar e comandar a virada história e fantástica, os números de Giovanni na partida são incontestáveis. Três belíssimos gols, sendo um deles de pênalti. E duas maravilhosas jogadas com assistência para os gols de Camanducaia e Marcelo Passos, sendo este o último gol do Santos na partida e com passe magistral de calcanhar do camisa 10 santista. Simplesmente perfeito! Tanto que receberá a nota 10 de diversos matutinos da época e com merecimento.

Foto: Google


O desfecho dessa história não teve um final feliz para o torcedor santista, e recordar o injusto episódio é abrir novamente a cicatriz no coração do torcedor que jamais será fechada por conta de um tal arbitro que não vale a pena nem ser citado, pois a lembrança mais saudosa que deve ser perpetuada na memória do torcedor é de um meia camisa 10 e seus combatentes coadjuvantes, ferozes na busca pela vitória, transbordando garra, paixão e suor pelo manto sagrado.

"Nascer, Viver e no Santos Morrer é um Orgulho que nem Todos podem Ter"

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