sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Negócio da China

Nobre amigo torcedor, parece ser algo inevitável no mercado da bola. Basta que um jogador tenha uma temporada de destaque no futebol brasileiro para, em seguida, ser negociado para o exterior. Ou melhor, para o novo eldorado do futebol mundial, a China.

Em 2014 foram os casos de Conca, Barcos, Diego Tardelli e Ricardo Goulart. E agora ao final de 2015 os chineses vieram buscar mais uma vez “mão de obra” brasileira. Jadson, Renato Augusto, Luis Fabiano e o atacante Geuvânio são os casos mais recentes. Eles resolveram arrumar as malas para o outro lado do mundo, e o torcedor brasileiro ficará órfão desses craques.

O oriente tem sido o caminho dos astros do futebol brasileiro. Mas por que a China resolveu despejar tanto dinheiro no futebol? A resposta passa longe do ambiente das quatro linhas.

Os clubes que compõem a primeira divisão chinesa são controlados por empresas. Mesmo que o crescimento recente do esporte no país tenha aumentado receitas, oferecer salários milionários e astronômicos aos atletas traria prejuízo a elas. A relação só é vantajosa porque vai muito além da partida de futebol.

O governo entrou em campo para transformar o jogo em um negócio lucrativo e bem rentável. Quem participa das transações aponta Wu Bangguo, ex-presidente da Assembleia Popular Nacional, principal órgão legislativo do país, como responsável pela organização e planejamento do esquema.

Apaixonado por futebol, ele teria influenciado a garantia de incentivos governamentais para alavancar o esporte. Em 2013, o presidente Xi Jinping afirmou que sonhava com o crescimento do esporte na China. As empreiteiras que investem em clubes passaram a ganhar áreas públicas para novas construções. Quem não quer terrenos, vai em busca de prestígio político.

As estrelas fizeram o interesse pelo futebol crescer. Em um país que tem o tênis de mesa como paixão nacional, a bola grande passou a ganhar mais espaço. O espetáculo ainda deixa a desejar, mas tem melhorado com os reforços que chegam de fora, principalmente do Brasil.


Ainda assim, a motivação principal dos jogadores para a aventura chinesa é financeira. Enquanto não há ponte entre os chineses e o Velho Continente, eles depositam seus milhões para tirar os craques daqui. Que o diga o Corinthians. 

Foto: Uol
Geuvânio é mais um jogador brasileiro a se aventurar em terras chinesas 

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