O Santos do técnico Jorge Sampaoli acumula com a derrota de
ontem para o Atlético/MG pelas oitavas da Copa do Brasil a terceira eliminação
na temporada e todas no palco paulista, tido por muitos como a segunda casa
santista. Antes, havia sido eliminado pelo Corinthians, no Paulistão e pelo
River do Uruguai, pela Sul-americana.
Até o torcedor adversário concordaria em dizer que é muito agradável
ver o time santista jogar. Não há partida morosa e entediante e o ritmo intenso
do jogo santista é entusiasmante, principalmente pelo fator pregado pelo seu
treinador onde os jogadores necessitam ter o amor pelo “bálon”, quando a ela
tem em seu domínio.
"Se o futebol de posse de bola não funcionasse, eu me
aposentaria", disse Pep Guardiola em entrevista em meados do auge do seu
Barcelona. Mas, ter bola e não saber o que fazer com ela, de nada adianta,
principalmente se o time exalar ansiedade e displicência ao tentar buscar
concluir a gol, que é o caso do time de Sampaoli na maioria das partidas.
Sampaoli acumula mais uma eliminação em mata mata pelo Santos
O argentino é um entusiasta do futebol. Valoriza a verticalização
das jogadas sempre em busca do gol. Algo fora do padrão aplicado por aqui nos
últimos anos, até mesmo de equipes vencedoras e com isso, causou certo frisson
entre torcedores e imprensa, mas falta-lhe algo importante e que ainda não
encontrou. O equilíbrio!
Sua permanência no comando técnico do Santos passa
fundamentalmente pelo encontro desse equilíbrio, compartilhado igualmente de três
formas: ter um elenco competitivo e homogêneo ao seu agrado; o entendimento do
torcedor no trabalho a ser realizado por ele; e a confiança da diretoria o respaldando
num projeto a médio/longo prazo.
Não somente ao Santos, mas ao futebol brasileiro principalmente,
ter Jorge Sampaoli por aqui comandando uma equipe é a oportunidade de conhecer novos
(ou não) conceitos de aplicar e projetar o futebol, mas assim como a maioria, devido
a cultura rasa e tacanha, o que medirá seu trabalho será o resultado final nas
competições e até aqui, Sampaoli tem se mostrado mais do mesmo, ao menos no diz
respeito vencer e levantar canecos.
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