Qualquer time ou seleção do mundo que deixar de ter seu melhor jogador vai se enfraquecer. Individualmente, perde seu protagonista e um atleta capaz de decidir uma partida num único lance. Muitas equipes, porém, são capazes de transformar tal adversidade em força coletiva, mas para isso se faz necessário um sistema de jogo bem implantado, algo que os times de Tite sobram de ter.
Mas, ontem, diante da desprovida Venezuela e na estreia da Copa América, sobretudo no primeiro tempo, diante da frágil Bolívia, vimos uma seleção que carece de qualidade técnica individual e do que mais o jogador brasileiro pode (ou poderia) oferecer, o drible e a refinada ousadia de outrora. Talento esse que sempre habilitou o futebol brasileiro como o melhor do mundo.
Neymar ainda é o protagonista da seleção de Tite?
Fica evidente que Neymar faz falta a seleção brasileira. Assim como faria para qualquer time ou seleção do planeta. Sabatinados após o melancólico empate de ontem, todos os atletas foram enfáticos em ressaltar que o atual jogador do PSG é peça fundamental, mas também indicaram que a falta de intensidade do setor ofensivo foi determinante para a exibição abaixo do esperado e que precisam melhorar caso queiram chegar até a final da Copa América.
As vaias do torcedor baiano é o reflexo puro e simples da perda de identidade da seleção com seu público. Aliás, público esse que não pagou barato parar estar ali e gostaria de ter acompanhado aquela seleção impiedosa que goleava sem freios seus adversários mais frágeis e que agora sofre para construir e criar raras oportunidades de gols. Sinal dos novos tempos e que acende uma luz de alerta que dar espetáculo será algo para depois, já que o importante é apenas vencer.
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