Fonte: ESPN
Foi
um massacre. Em grande estilo, dominando as ações durante quase todo o tempo e
sem dar chances ao adversário, o Bayern de Munique praticamente garantiu uma
vaga na decisão da Champions League. O adversário era ninguém menos que o
Barcelona, mais festejado time da última década, considerado um dos grandes da
história do futebol. Mas, nesta terça, o Bayern foi maior. Muito maior. Maior a
ponto de fazer 4 a 0. Poderia ter sido mais.
O
Bayern, que a partir da próxima temporada será treinado por Pep Guardiola, foi
o antídoto perfeito ao estilo que o antigo treinador do Barcelona criou. O
Barcelona teve a bola por mais tempo; o Bayern soube o que fazer com ela.
Duas
horas antes da partida, o Barcelona confirmou que Lionel Messi começaria a
partida. O argentino não iniciava um jogo desde que se machucou no duelo contra
o Paris Saint-Germain, ainda no primeiro jogo das quartas – no segundo, ele
entrou e foi decisivo na classificação da equipe para as semifinais.
Pelo
Bayern, uma das novidades era Mario Gomez no lugar de Mandzukic, suspenso; a
outra, Boateng no lugar de Van Buyten.
Os
alemães tiveram a primeira grande chance da partida logo no minuto inicial.
Javi Martínez avançou pela direita e tocou de calcanhar para Arjen Robben. O
holandês chutou, e Victor Valdés defendeu, salvando o Barcelona.
O
bom início da equipe alemã contrastava com um jogo discreto de Messi, o astro
maior do Barcelona. O argentino, ainda sem estar 100% fisicamente, andava em
campo, esperando uma oportunidade para desequilibrar.
Mas
a oportunidade não aparecia. Os ataques do Bayern, sim. Os alemães conseguiam
ir ao ataque com frequência, e, aos 24 minutos, conseguiram abrir o placar.
Após cruzamento de Robben na área, o brasileiro Dante tocou de cabeça, e Thomas
Muller completou para a rede.
O
gol sofrido fez o Barcelona acordar. E, aos 28 minutos, a equipe catalã criou
sua primeira grande chance na partida. Após cruzamento pela direita, a bola
tinha os pés de Messi como endereço; o brasileiro Dante se jogou na bola para
antecipar e tirar pela linha de fundo.
O
Barcelona, como de hábito, dominava a posse de bola – aos 30 minutos, eram 65%
contra 35% do Bayern. Mas o domínio não se refletia nas oportunidades de gol.
Além de não ter Messi em plenas condições, o time catalão via Pedro e Alexis
Sanchez apagados, o que refletia na falta de ações no ataque.
O
segundo tempo começou com o Barcelona se lançando mais ao ataque. Mas era o
Bayern de Munique quem criava as melhores chances, sobretudo nas bolas aéreas.
E foi pelo alto que o time alemão marcou o segundo gol, aos 4 minutos. Após
escanteio cobrado por Robben, Thomas Muller tocou de cabeça para a pequena
área, e Mario Gomez bateu de primeira, fazendo 2 a 0.
Com
a vantagem ainda maior, o Bayern teve boas chances de ampliar, o que
praticamente definiria o destino do confronto. Mas as finalizações de Mario Gomez,
Frank Ribéry e Arjen Robben não encontraram o alvo.
Perdendo
por 2 a 0 e podendo levar um terceiro gol que seria o fim da linha, o Barcelona
acertou-se novamente. Messi, mesmo longe dos 100%, começou a chamar mais o
jogo, Xavi se adiantou, e por um tempo o Barcelona voltou a jogar o futebol que
fez a equipe ser tão festejada nos últimos anos. Mas não adiantou. Muito pelo
contrário.
O
Barcelona, que buscava um gol importantíssimo fora de casa, acabou levando o
terceiro. Aos 28 minutos, Robben avançou pela direita e contou com um
“bloqueio” de Thomas Muller, que entrou na frente de Jordi Alba, para chutar
cruzado, fazendo 3 a 0.
A
vitória estava certa, e a vaga na final, muito próxima. Parecia que nada mais
poderia dar errado para o Barcelona. Mas a pior atuação do time catalão nos
últimos anos foi ainda mais castigada - aos 37 minutos, Thomas Muller marcou de
novo, transformando a vitória em goleada.
Transformando
a tarefa do Barcelona em milagre. Transformando o Bayern de Munique em
inspiração.
FICHA
TÉCNICA
BAYERN
DE MUNIQUE 4 X 0 BARCELONA
Local:
Estádio Allianz Arena, em Munique, Alemanha
Data:
23 de abril de 2013, terça-feira
Horário:
15h45 (de Brasília)
Árbitro:
Viktor Kassai (Hungria)
Assistentes:Gyorgy
Ring e Robert Kispal, ambos da Hungria
Cartões
amarelos: Mario Gomez, Javi Martínez, Schweinsteiger (Bayern de Munique);
Bartra, Sanchez, Iniesta, Jordi Alba (Barcelona)
GOLS:
Bayern de Munique – Schweinsteiger, aos 23 minutos do primeiro tempo. Mario
Gomez, aos 3 minutos, Robben, aos 26, e Muller, aos 34 do segundo tempo.
BAYERN
DE MUNIQUE: Neuer; Lahm, Boateng, Dante e Alaba; Javi Martínez, Schweinsteiger,
Robben, Muller (Pizarro) e Ribery (Shaqiri); Mario Gomez (Luiz Gustavo)
Técnico:Jupp
Heynckes
BARCELONA:
Valdés; Daniel Alves, Piqué, Bartra e Alba; Xavi, Busquets e Iniesta; Pedro
(Villa), Messi e Sánchez
Técnico:
Tito Vilanova
Foto: ESPN
Mario Gomez comemora seu gol com o francês Ribery
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