quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O jogo dos sete erros ou o gato de sete vidas

Nação Santista de todo Brasil e Mundo a fora, irreparavelmente a “batata está assando” para o técnico Adilson Batista, nesse seu início de trabalho na Vila Belmiro.
São longos 10 jogos no comando do Santos Futebol Clube. Com cinco vitórias, quatro empates, três pelo Paulista e um pela Taça Libertadores e apenas uma única derrota. Essa para nosso arqui-rival Corinthians, no último domingo no Pacaembu, de forma patética, apresentando um futebol sem brilho e sem brio, no ponto de vista do torcedor Santista que se acostumou a ver belos espetáculos e o time jogando de forma eficaz e insinuante.
Mais do que isso, o que incomoda a exigente torcida do Santos, não são apenas as fracas exibições da equipe, seja ela coletivamente ou individual, mas a forma de comando implantada pelo novo treinador e principalmente, sua incoerência na hora de treinar, escalar, jogar e mexer na equipe alvinegra.
Para a estréia do Peixe na Taça Libertadores, Adilson sinalizou em escalar a equipe no 4-4-2 com dois meias e dois atacantes. No jogo que antecedeu a estréia o treinador escalou o time com três atacantes frente ao Noroeste na Vila Belmiro e relatou não ter gostado da equipe que teve Diogo, Zé Eduardo e Keirrison e na partida contra o Táchira mudou de idéia e surpreendentemente armou a equipe num especifico 4-3-1-2 com Arouca, Possebon e Danilo, que acabará de voltar da Seleção, onde atuou como lateral direito e jamais tinha sequer feito um treino com o novo comandante e na frente Neymar, que também acabará de voltar da Seleção e Diogo, dupla que jamais jogará junto. O jogo terminou 0 a 0 e a equipe apresentou um futebol muito aquém das expectativas. Só como caráter de orientação, Robson e Alan Patrick nem no banco ficaram na Venezuela. Como opção tinha Zé Eduardo, Keirrison e Maiko Leite, mas apenas o primeiro entrou na partida.
Cinco dias depois o Santos voltaria a campo para encarar seu maior rival pelo Campeonato Paulista. Adilson especulou colocar em campo uma equipe reserva ou mista, pois vários atletas rechaçaram o cansaço da viagem e o desgastante início de temporada no futebol brasileiro, que cá entre nós, e lamentável. Voltou a cogitar o esquema com três atacantes, já que Neymar e Cia não queriam descanso e pasmem, armou a equipe no 4-4-2, com Robson na meia, sendo que na Venezuela, na estréia do Peixe na Libertadores, nem entre os reservas ficará e escalou novamente Diogo na frente com Neymar. Como todos sabem, Diogo é meia atacante e não sabe executar da melhor forma a posição de centroavante ou no mínimo, jogar de costas para o gol. E Adilson ainda deixou no banco a dupla que vinha jogando e marcando gols pela equipe, Zé Eduardo e Maikon Leite. E novamente, uma fraca apresentação e pior, derrota.
Não sei ao certo de onde surgiu ou se é uma criação da imprensa sensacionalista brasileira, mas o rótulo de Professor Pardal ao técnico Adilson Batista o cabe muito bem. Além de armar erroneamente a equipe, Adilson tem a pachorra de escalar mal e por incrível que parece, consegui mexer pior ainda. E não sou eu quem está dizendo, afinal, vi e li em diversos sites e matutinos tal especulação, além claro de perceber o incomodo que causa na torcida Santista a ponto de já pedirem sua demissão.
Creio ser prematura tal decisão. Não porque confie nesse momento no trabalho do treinador, confesso que quando soubera da sua contração até gostei, mas não amei, entre as opções naquele momento, era a menos pior. Sua queda pode trazer conseqüências irreversíveis. Assim como pode ser instalada uma crise dentro da equipe, e muitos na imprensa e quem nos invejam adorariam que isso acontecesse ou o contrário. A vinda de um novo comandante traria novos ares a equipe e novo animo, mas como não tenho bola de cristal e nem sou a Mãe Dinah (que vê, ela sabe e resolve algo) não sei ao certo o que seria melhor. Sei apenas que Adilson terá quatro dos cinco próximos jogos na Vila Belmiro e o treinador terá que abrir bem seus olhos e colocar sua “barba” de molho, afinal isso não é um jogo de sete erros e nem ele é um gato de sete vidas para achar que tem sobrevida a cada má exibição e sequer pode pensar que está navegando em águas calmas, afinal, a maré na Vila Belmiro tende a subir a cada dia e a cada erro ou morte do felino treinador, perpetuamente conhecido como Pardal.
PH Ganso: Sem mais delongas, o caso Ganso está resolvido. A renovação está encaminhada e ponto final.
Recado: Queria apenas deixar um recado para alguns dos meus amigos que infelizmente não possuem a felicidade de torcer pelo Santos Futebol Clube. O time de vocês ganha jogos, meu time ganha títulos e é isso que importa. Santos sempre Santos.

 “Nascer, Viver e no Santos Morrer é um Orgulho que nem Todos podem Ter”

Nenhum comentário:

Postar um comentário